Casa do handebol nas Olimpíadas do Rio 2016, a Arena do Futuro foi uma das primeiras obras entregues para os Jogos. Finalizado no quarto trimestre de 2015, o ginásio tem capacidade para até 12 mil pessoas e foi concebido dentro do conceito da arquitetura nômade. De acordo com a Prefeitura do Rio de Janeiro, a instalação representa um dos maiores legados das Olimpíadas já que ao fim das disputas será “colocada abaixo” e irá se transformar em quatro escolas públicas espalhadas pela Cidade Maravilhosa. Recebendo o seu primeiro evento-teste, o local foi elogiado pela Federação Internacional de Handebol (IHF), que chamou a arena de “palco perfeito” para a modalidade. Antes, jogadores reclamaram do mau cheiro da Lagoa de Jacarepaguá, que fica próxima ao local.
Presente desde a primeira obra de fundação da arena, a entidade deu orientações em todo o processo de construção e mostrou-se empolgada com o local de disputas da modalidade no Rio 2016. Se outras federações esportivas fizeram críticas aos projetos de suas relativas venues, como a aquática e a de tênis, os mandatários do handebol estão satisfeitos a ponto de elogiarem uma arena que será desfeita após os Jogos. Para isso, o primeiro vice-presidente da IHF, o espanhol Miguel Roca, citou os Jogos de Atenas 2004.
Estivemos presentes desde a concepção da obra. Participamos de tudo, demos nossa opinião e nossa posição. Como posso reclamar agora? Para nós, da IHF, a arena é perfeita. É o palco perfeito para a modalidade. Agora, os atletas precisam dar o melhor de si para fazer jus a isso. Dentro de toda a obra, demos algumas dicas, como nos vestiários e nos vestiários dos árbitros, mas nada demais. E tudo foi feito. Além disso, não me preocupa por ser uma arena que será desmontada. O que ficar das Arenas Cariocas 1, 2 e 3 poderá ser usado pelo handebol e temos os Jogos de Atenas como exemplo. Hoje, temos quatro arenas lá, de 20, 18, 12 e oito mil pessoas. O que fazem com elas? Como manter os seus gastos? Quem vai pagar por isso? É preciso pensar nisso tudo quando se constrói uma arena – garante Miguel Roca, que veio ao Brasil para o sorteio dos grupos olímpicos e presenciou o primeiro dia do evento-teste de handebol.
A Arena do Futuro, inclusive, passou bem pelo seu primeiro dia de evento-teste. Nos dois jogos entre as equipes brasileiras da Liga Nacional, nenhum grande problemas. Os sistemas de som, iluminação, os telões, o piso de jogo, a movimentação da torcida na arena e o ar condicionado foram elogiados. Os jogadores comentaram sobre pequenos acertos que devem ser feitos nos vestiários, mais com relação a estética. Mas reclamaram muito do mau cheiro que vem da poluída Lagoa de Jacarepaguá e incomoda torcedores e atletas.
Fonte ( Globoesporte ) Link da matéria